sexta-feira, 23 de setembro de 2011

O ABC do desrespeito pelo munícipe

Chegou-nos o seguinte caso que passamos a transcrever:


PARTE A - RECLAMAÇÃO À CML

- 1 - hoje, dia 17Set2011, sábado, pelas 12:30h, ao passar pela Rua da Rosa, testemunhei um empregado (sexo masculino, 1,70m, cabelo curto, indiano ou similar) do restaurante situado no número 235 , a depositar um conjunto de embalagens de vinho, em cartão na via pública , mais precisamente na lixeira em frente, na esquina com a Rua Luísa Todi, onde àquela hora já se encontravam muitas dezenas de caixas semelhantes.

Firmemente interpelado por mim, o empregado recolheu o lixo que já havia depositado no chão.

Este acto fortuito de observação confirma o que todos sabem e que as autoridades municipais ostensivamente ignoram: os bares e restaurantes do Bairro Alto, mesmo aqueles que supostamente têm condições de funcionamento, desprezam o público e as regras municipais de deposição de lixo na via pública, sendo os principais culpados pelas imensas lixeiras a céu aberto no interior da malha urbana.

- 2 - Acrescento ainda que três tentativas em contactar telefonicamente a CML resultaram infrutíferas - numa delas chegou-se ao ridículo de uma gravação me mandar telefonar pra o número para onde tinha telefonado. Patético e ineficiente, este serviço de atendimento municipal, alegadamente permanente.

cumprimentos

a) AA BB CC


PARTE B – RESPOSTA DA CML Á RECLAMAÇÃO APENAS SOBRE O PONTO -2-  

Exmo. Senhor AA BB CC

Face ao exposto, informa-se V. Ex.ª que o atendimento telefónico do Centro de Atendimento ao Munícipe, com o n.º 808 203 232, tem um horário de funcionamento das 8h às 20h e que apenas se encontra disponível 24h/dia o serviço de voice-mail, em que o munícipe pode sempre deixar mensagem e ser contactado posteriormente.

Durante o período de funcionamento, ao ligar para o Centro de Atendimento ao Munícipe, são facultadas algumas opções conforme o assunto que pretende tratar junto da CML, através da marcação das teclas do telefone.

No caso em concreto, uma vez que o assunto se prende com Higiene Urbana, pressupõe-se que a tecla escolhida pelo munícipe terá sido a tecla 1. Após esta opção, a chamada é encaminhada directamente para o Departamento de Higiene Urbana, que tem um horário de funcionamento das 9h às 17h30 e que fora do horário de funcionamento, tem uma gravação em que informa que os serviços se encontram encerrados e que em alternativa pode ligar para o Centro de Atendimento ao Munícipe, através do 808 203 232.

Esperando ir de encontro às suas expectativas, despedimo-nos com os melhores cumprimentos


PARTE C – REACÇÃO DO SR. AA BB CC À RESPOSTA PARVA DA CML

À CML

Não conhecesse eu tão bem bem a CML e diria que a vossa resposta é uma brincadeira de mau gosto.

Na verdade, o que a CML me dá como resposta é exactamente o mesmo de que eu, sumariamente, reclamei. Por outras palavras, a ver se a gente se entende:

  • a CML vem confirmar a matéria reclamada mas não explica, não pede desculpa nem apresenta uma solução para o absurdo de um cidadão que telefona para o 808 ... ser  encaminhado para telefonar para o mesmo 808 ..., depois de um périplo circular de vários minutos
  • eu reclamo contra AAA e como explicação a CML diz-me que tal se deveu a AAA

O drama é que a situação original é tão absurda como a resposta - e a CML não se apercebe disso.

Aguardando notícias, sempre com elevada expectativa, apresento os melhores cumprimentos

a) AA BB CC

Faça-nos chegar o seu caso.
Nós transcrevemos.

domingo, 18 de setembro de 2011

Explanando as esplanadas.

O tema das esplanadas no Bairro alto é uma polémica que promete durar enquanto a Câmara Municipal de Lisboa insistir em não fiscalizar e fazer valer a lei de forma uniforme na cidade, sem excepção, do Restelo ao Parque das Nações, da Baixa a Benfica.
Apresentamos hoje uma situação frequente na Rua Diário de Notícias, local de passagem automóvel para muitos residentes, que se vêm a braços com uma total ocupação da via pública.
Imagem 1 - Esquina Travessa da Queimada - Rua Diário de Notícias
Na Imagem 1, em cima, vemos já o menu colocado na via pública, na esquina. Atrás do menu já se vislumbra uma cadeira de uma mesa colocada de forma irregular.
Após contornar a esquina e entrarmos na Rua Diário de Notícias, observamos esplanadas em ambos os lados da via:

Imagem 2 - Rua Diário de Notícias. 
Na Imagem 2, à direita, a esplanada "definitiva" alastra-se pela rua acima. À esquerda,  os "banquinhos" e "mesinhas" da esplanada "provisória" encontram-se dispostos à medida da quantidade de clientes.

Imagem 3 - Rua Diário de Notícias
Na imagem 3, observamos um empregado do estabelecimento da esquerda a vir verificar se há passagem dos veículos. Atente-se que a "esplanada informal" da esquerda já ocupa espaço à frente de habitações particulares, sucedendo-se o mesmo com a esplanada da direita (a partir do chapéu branco) com diversas mesas irregularmente colocadas na via pública.

A situação demonstrada é diária, agravando-se ao final do dia, nesta rua que é única no acesso à creche mais à frente, ao apoio a idosos em diversas ruas mais à frente e aos residentes que dela fazem uso.

A Câmara Municipal de Lisboa e a Polícia Municipal (que chegou a ser confrontada presencialmente!) têm diversas queixas e a situação nunca foi resolvida.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Bairro Alto sem Lei nem Salubridade.

Será este o postal que Lisboa quer transmitir para o Turismo Internacional?
Esta imagem foi tirada há instantes na esquina entre a movimentada Rua da Rosa e a Travessa de São Pedro. Saliento que vinham crianças com os pais em ambas as ruas. Pertence infelizmente ao nosso dia-a-dia no Bairro Alto.
Caro concidadão, munícipe e residente de Lisboa: conclua por si mesmo os três itens que estão errados e que vivemos na mesma cidade.
Nós moradores (antigos e recentes), nunca pedimos esta pouca-vergonha e ausência de lei e de salubridade a ninguém.



Sinceramente, será que alguém poderá não ter o direito de se queixar deste novo casal-ventoso dedicado à bebida, sem regra nem lei?